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Sobre a cidade

Os primeiros textos que versam sobre a cidade são carregados de impressões negativas e catastróficas, caracterizando-a como lugar infernal e grotesco, amontoado fadado à autodestruição.

Um exemplo bastante interessante é o conto “O Homem na multidão”, escrito por Edgar Allan Poe, no qual o autor descreve uma misteriosa experiência urbana. O medo e a repugnância pelo espaço urbano aparecia nos textos publicados no século XIX como uma prova da subjetividade ainda contaminada pelos valores e cultura rural.

Os futuristas foram os primeiros a fazerem uma apologia à cidade. O elogio à urbanidade e complexidade dos espaços eram elementos constantes no decorrer de sua obra.

Antonio Sant’Elia ao escrever o Manifesto da Arquitetura Futurista apresentou várias considerações e idéias revolucionárias que foram fundamentais para uma mudança radical nos modelos arquitetônicos das grandes cidades. Para Sant’Elia, era necessário transformar a cidade, em todos os seus aspectos, pois ela tinha sido construída a partir dos interesses de indivíduos que viveram há séculos.

Devo considerar aqui a cidade como uma máquina de sensações contraditórias. Nela, o medo e a possibilidade de felicidade andam juntos e apresentam-se simultaneamente.

A cidade é o império da justaposição.

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